sábado, 27 de janeiro de 2024

UM DOS SEGREDOS DA BRAZILIAN STORM

O longo caminho de investimento na base

Nestes últimos 10 anos o surf brasileiro masculino vem remando de braçada na frente dos australianos, uma vez senhores do World Tour, americanos e havaianos. O grande segredo foi um “investimento” iniciado ainda nos anos 1980, que preparou nossos iniciantes para o futuro.

POSTER DO PRIMEIRO CIRCUITO LIGHNING BOLT

ANÚNCIO PUBLICADO NA CONTRACAPA DA FLUIR DE 1989


A capa dessa edição trazia Jojó de Olivença, o segundo campeão da Abrasp em 1988. A Abrasa naquele ano prepararia o time para representar o Brasil no Mundial Amador do Japão, que se realizaria em 1990 e teria surfistas como Kelly Slater e Peterson Rosa na disputa, vencida na categoria open pelo taitiano Heifara Tahutini. Após nosso resultado em 1988 no mundial de Porto Rico a expectativa era grande.

A Abrasa (hoje CBSurf) era responsável pelo ranking nacional amador, o Circuito Lightning Bolt Junior e Mirim era estadual paulista, que atualmente foi assumido pela Hang Loose com a alcunha SURF ATTACK, atraindo aspirantes de todo o Brasil para suas etapas muito bem organizadas e competitivas.

 

POSTER DO HANG LOOSE SURF ATTACK DE 2018

Novas categorias foram sendo introduzidas e hoje este circuito é um dos principais celeiros de novos talentos e um dos motivos de surfistas paulistas como Adriano de Souza, Gabriel Medina e Filipe Toledo despontarem na ponta do ranking mundial. Os circuitos Hang Loose Surf Attack, realizados apenas nas praias paulistas e o nacional da Abrasa, não foram a única razão de evolução para as novas gerações do surf brasileiro.

 

CAPA DE UM DOS VÍDEOS DO RIP CURL GROM SEARCH

CIRCUITO REALIZADO NO INÍCIO DOS ANOS 2000

 

POSTER DO QUIKSILVER KING OF THE GROMS

EM BAÍA FORMOSA NO ANO DE 2012

 

EM 2011 A BILLABONG PATROCINAVA O CIRCUITO AMADOR

DA ABRASA \ CBS E TRAZIA FILIPE TOLEDO NO POSTER

Estes circuitos espalhados pelas praias de nosso litoral foram formando nossos novos talentos. As famílias se organizavam para apoiar e prestigiar os pequenos e buscavam a educação adequada, orientação de especialistas para desenvolver carreiras. Desde os anos 1990 e no início dos anos 2000 fomos nos graduando... Na década de 10 o surf brasileiro “explodiu”, surgiu devastador como uma tempestade no cenário internacional.

 

A MARCA HD PATROCINOU O MUNDIAL WORLD JUNIOR DA ASP

A ETAPA REALIZADA NA JOAQUINA FOI VENCIDA POR GABRIEL MEDINA

O Brasil desde o início dos anos 2000 começou a preponderar nos Mundiais Pro Junior da ASP. Futuramente trarei uma postagem específica com o histórico de nossa participação e conquistas nestes eventos para surfistas abaixo dos 20 anos. O trabalho feito na base, aqui no Brasil, teve reflexo e trouxe muitos resultados em nível internacional.

A percepção internacional desta revolução forjada aqui no Brasil e estruturada por técnicos, gerentes de marketing, dirigentes, doutores, famílias, cobertura competente da imprensa e principalmente pelo talento de nossos precoces surfistas, começou com o baque do evento King of The Groms realizado na França em 2009 e com final 100% brasileira com Medina e Caio Ibelli.

 

GABRIEL MEDINA SAINDO DE SUA PERFORMANCE PERFEITA NA

FINAL DO QUIKSILVER KING OF THE GROMS NA FRANÇA EM 2009

FORAM DUAS NOTAS 10 – FOTO: PETER WILSON

EM 2010 GABRIEL MEDINA VENCEU O MUNDIAL DA ISA EM PIHA NA 

NOVA ZELÂNDIA NA FOTO COM FERNANDO AGUERRE

NO MESMO ANO DE 2010 POSTER DO GROM SEARCH NO BRASIL COM ETAPAS EM SAQUAREMA E GUARUJÁ

 

HANG LOOSE SURF ATTACK DE 2016 TRAZENDO IAN GOUVEIA OUTRO ATLETA QUE CHEGOU NA ELITE NO POSTER

 NESTA FOTO DO INÍCIO DOS ANOS 1990 ESTOU COMPETINDO EM UMA ETAPA DO CIRCUITO NATURAL ART DE SURF AMADOR, OUTRO PILAR DO SURF COMPETIÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO DURANTE MUITOS ANOS.

FOTO: FERNANDO BRONZEADO

Para finalizar ainda gostaria de destacar que diversas outras empresas de surfwear no Brasil ajudaram a pavimentar esta estrada, em especial meus primeiros patrocinadores nesta minha empreitada competitiva, primeiro a Wave Rider e depois a Wagon Surf Line. Na foto aqui acima estou surfando na praia do Tombo, no Guarujá, beirando os 40 anos e trabalhando na imprensa do surf, cobrindo eventos praticamente semanais, decidi voltar a competir nas categorias master e longboard para poder escrever textos mais “quentes” com mais propriedade para comentar baterias e entender a evolução do julgamento na pele.

No momento em que preparo esta postagem histórica do trabalho de base que fizemos de forma competente ao longo de diversos anos, o Circuito Mundial de 2024, agora da WSL, está começando com as etapas de Pipeline e Sunset, arenas em que durante muito tempo nos sentíamos em desvantagem e agora temos diversos surfistas entre os favoritos. De lá iremos para Porto Rico, onde o Brasil já teve momentos de glória, para a seletiva final das Olimpíadas - ISA Games.

Conhecer a história e algumas das razões que nos levam a ter este orgulho na atualidade é importante. As outras nações do surf estão loucas para quebrar esta nossa hegemonia de uma década. Lembrando que o primeiro título de Gabriel Medina foi em 2014. Vamos ver o que vai acontecer...

Neste ano de 2024, através deste blog estarei contando histórias, mas também analisando os acontecimentos atuais que envolvem o surf brasileiro e continuarei indicando 1 DISCO – 1 LIVRO – 1 FILME a cada nova postagem. O objetivo é entreter e manter a expectativa para os próximos quatro volumes dos cinco livros que tem o objetivo de deixar registrada A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO em um nobre formato impresso com capa dura. Busquem o primeiro volume que já está disponível em livrarias selecionadas e na internet.

 

AS BAFORADAS DO DRAGÃO

 

UM DISCO



UM LIVRO



UM FILME


 

 
 UM DISCO – 4 WAY STREET – Crosby, Stills, Nash & Young

O americano David Crosby de Los Angeles, o texano Stephen Stills, o inglês Graham Nash e o canadense Neil Young, em situações variadas se juntaram no que chegou a ser chamado de um “supergrupo”. A gênese do encontro foi em 1969 durante o Festival de Woodstock, mas antes e principalmente depois, os quatro tiveram carreiras e participações estelares.

Já no meio dos anos 1960 os quatro começavam a despontar em bandas de renome que pipocavam aqui e ali após o fenômeno dos Beatles e dos Rolling Stones (estes ainda terão discos entre meus preferidos destacados e decantados aqui). Neil Young e Stephen Stills eram membros do Buffalo Springfield, formado em 1966, talvez o maior berço do “country rock”. Graham Nash participava da banda inglesa The Hollies e David Crosby do fantástico grupo The Byrds, ao lado de Chris Hillman e Roger McGuinn, com diversas guitarras distorcidas se embaralhando, criando roupagens diferentes para clássicos de Bob Dylan e criativas músicas autorais.

Após o sucesso da apresentação deles em Woodstock eles se mantiveram juntos para uma série de shows em 1970. Nos meses de junho e julho as faixas selecionadas para o álbum duplo, todo ao vivo, 4 Way Street foram tiradas de gravações em Nova Iorque, Los Angeles e Chicago. Os quatro estavam inspirados e este é considerado um dos melhores discos ao vivo da história do rock. Um álbum duplo, dois discos de vinil, quatro lados de 20 e poucos minutos cada, para ficar virando na vitrola. O primeiro disco é acústico com os quatro dedilhando seus violões, guitarras acústicas e desfilando suas maravilhosas vozes, por vezes Stills e Nash saltavam para o piano. A harmonia vocal entre eles é um dos pontos altos do grupo.

O segundo disco, poderíamos chamar de eletrônico, é um espetáculo de rock & roll, por vezes pesado, sem deixar de ser harmônico. Além dos quatro, foram suportados nos shows pelo baixista Fuzzy Samuels e o baterista Johnny Barbata. Este segundo álbum tem versões de Southern Man de Neil Young (13:45 minutos) e Carry On de Stephen Stills de quatorze minutos, que são verdadeiras jam sessions com o virtuosismo dos guitarristas elevado a enésima potência. Estes dois são verdadeiros craques do instrumento. Crosby não fica nada atrás e Nash um especialista na guitarra rítmica. As peculiaridades vocais e timbres de guitarra de cada um salta aos ouvidos de forma pungente na segunda bolacha. Diria uma bolachada. Composições dos quatro membros se alternam por todos os lados dos discos.

Se falei das raízes de cada um dos quatro, não posso deixar de falar dos caminhos futuros, todos tem discos individuais que valem ser pesquisados. Também atuaram em parcerias mais enxutas, os mais velhos Crosby & Nash fizeram diversos álbuns da dupla, não menos qualificados que dos quatro juntos. Por outro lado, chegou a ser formado o Stills Young Band. A trinca C, S & N também tem discos soberbos (diversos) e a quadra vira e mexe se encontrava. Trabalhos mais recentes individuais, já dos anos 2000, também são de tirar o chapéu.

O único deles que já faleceu, quando escrevo este texto em 2024, foi David Crosby em janeiro de 2023. Os outros três, beirando os 80 anos, continuam de certa forma ativos e homenageados com frequência. Tive o prazer de assistir a um show acústico de Crosby, Stills & Nash, nos anos 90 no auditório da University of Hawaii, enquanto trabalhava para uma de minhas coberturas de temporada havaiana para a revista Hardcore. Achei uma pena apenas o fato da ausência de Neil Young, que sempre foi meu preferido entre eles.

 

AO ABRIR O SEMINAL ÁLBUM DA ATLANTIC RECORDS UMA IMAGEM DE BASTIDORES DAQUELES SHOWS NO ANO DE 1970

Logo após o sucesso deles em Woodstock produziram um épico disco de estúdio: Déjà Vu, lançado ainda em 1970. Quem nunca ouviu este disco na íntegra, não se arrependerá de incluir na discoteca digital de hoje em dia. Outra verdadeira “master piece” – obra prima. O disco duplo 4 Way Street, foi lançado em 1971. O último disco de estúdio com os quatro juntos é de 1999, Looking Forward. Para pegar e recomendar um disco de Neil Young, aos que pouco conhecem seu trabalho: Decade de 1977 traz uma compilação de seu trabalho 1966 até 1976, um artista eclético que passeia do heavy ao soft com igual desenvoltura. Sky Trails, disco solo de David Crosby de 2017 é maravilhoso. Vale a pena descobrir e conferir diversos trabalhos em parcerias ou discos individuais de cada um destes quatro mestres. Go search, ouça, arrepie-se. Nunca recomendarei nenhuma porcaria aqui.

 

 

UM LIVRO – STOKED! A HISTORY OF SURF CULTURE – Drew Kampion

Tenho a versão em português deste livro. Editado em Portugal e impresso na Espanha em 1998, comprado na extinta FNAC aqui em São Paulo.

 

CAPA DA VERSÃO EM PORTUGUÊS

Na edição lusa eles colocam o nome de Bruce Brown ao lado de Drew, mas o renomado cineasta faz apenas um pequeno prefácio, todo conceito, texto, edição fica a cargo de Drew Kampion, um dos grandes ases do jornalismo de surf nos EUA desde o final dos anos 1960. A compilação da fotografia é um dos pontos altos da obra. Na verdade, Kampion conta a história do surf no livro, à sua moda, no final das contas a cultura do surf é o próprio surf, o estilo de vida, o esporte. Com muito critério na montagem e seguindo um roteiro muito bem elaborado e cronologicamente coerente, deixa um precioso documento.

Drew Kampion foi um dos primeiros escritores de surf que me chamou a atenção quando comecei a colecionar revistas. A Surfer mais antiga que tenho é de 1968. Numa das edições de 1969 vinha a cobertura do famoso World Contest de 1968 em Porto Rico, vencido pelo havaiano Fred Hemmings, quando os australianos Nat Young e Wayne Lynch eram os favoritos. Uma bela cobertura. Os anos 1970 foram a década em que os conceitos do que era o estilo de vida do surf, o surf profissional, a busca por ondas perfeitas ainda não descobertas e os códigos da tribo foram equacionados no maior veículo que tivemos durante décadas: as revistas. Drew trabalhou na Surfer e na Surfing com igual desenvoltura, habilidade jornalística, licença poética e competência. O livro Stoked é com certeza seu trabalho de maior envergadura.

 

PÁGINA DUPLA COM GERRY LOPEZ EM DESTAQUE

CONTRACAPA DO LIVRO EM PORTUGUÊS COM AS OPINIÕES DE DIVERSOS ILUSTRES SURFISTAS SOBRE A OBRA - AMPLIE NUM DESKTOP PARA LER

A princípio o linguajar na versão em português surpreende e parece que a tradutora, Sandra Oliveira, tinha pouca intimidade com o surf. Em muitos dos parágrafos ao ler, tentei fazer um exercício para imaginar quais teriam sido as palavras originais utilizadas por Drew Kampion. Trabalhando pela Fluir nos anos 1980 e depois pela Hardcore a partir de 1990, sempre traduzi diversos textos, histórias de fotógrafos, matérias originais de revistas internacionais que buscávamos autorização para publicar aqui e o meu cuidado era incrível para encontrar um linguajar que estivesse de acordo com nosso modo de se comunicar.

 TRECHO DE MAIS UMA PÁGINA DA VERSÃO PORTUGUESA

Recomendo para quem lê em inglês a versão de 1997 de Drew Kampion. O livro é maravilhoso de qualquer forma e independente do português escrito em Portugal ter muitas nuances de linguística peculiares, chega a ser divertido buscar o feeling da redação original nas entrelinhas deste livro. Nada disso tira o valor de uma das obras literárias mais valiosas da cultura do surf. Ao virarmos cada página do livro “Stoked! A History of Surf Culture” percebemos o esmero com que Drew Kampion pensou, planejou, usou sua vivência e seu conhecimento, para executar. Grandioso trabalho.

 

 

UM FILME – SURFERS: THE MOVIE – Bill Delaney

Com prazer que passo de uma dica valiosa da literatura, para outra não menos importante da filmografia de nosso adorado esporte. No final dos anos 1980 Bill Delaney que já havia adquirido fama ao lançar o filme Free Ride em 1977, partiu para um projeto ainda mais ousado. Para montar Surfers: The Movie começou a coletar uma série de entrevistas com surfistas famosos daquele momento e até mais antigos. Um dos maiores atrativos do filme são os depoimentos de Miki Dora e Owl Chapman. Na verdade, todos, muito bem escolhidos e editados.

O filme trabalha com imagens grandiosas de astros da ponta do ranking na época como Carroll, Pottz, Occy e Curren... Já traz um jovem e cabeludinho Kelly Slater e dá fala a algumas das lendas vivas do surf. A dosagem da mistura de imagens atuais e pesquisa em arquivo está muito bem balanceada e o que acaba ocorrendo é uma narrativa mágica do que era ser um surfista no final daqueles anos 1980, um tempo em que o fator comercial e grandiosidade das marcas de surf ainda não havia transfigurado a “alma” do surf.

Essa transfiguração ocorre de uma forma ainda mais violenta agora, nos Anos 2020, deste século muito mais forte que em 1920, quando Duke Kahanamoku decidiu espalhar o Espírito de Aloha pelo planeta. Quanta mudança? O que não podemos negar é que Surfers: The Movie faz um retrato de um tempo especial, com personalidades marcantes que tem o que dizer. As imagens de dentro d’água registradas por Dan Merkel e apresentadas em câmera lenta, a qualidade dos takes e falas em cada entrevista, a bela trilha sonora fazem diferença.

Abaixo link no Vimeo para um trailer deste filme, que teve uma edição reformulada pelo autor em 1991:

https://vimeo.com/429475822

Para fechar com uma pitada de Brasil nesta história toda, achei interessante lembrar de uma bela reportagem de Fred d’Orey que saiu publicada em uma revista Fluir do início de 1990, depois que Miki (ou Mickey com muitos ainda o chamam) Dora passou pelo Brasil em 1989.


 

Era sua segunda viagem para cá, já havia estado em nossa terra no ano de 1969 e passou sob o radar dos surfistas da época. Dora é um personagem icônico de toda essa cultura e estilo de vida do surf. Sinalizou rotas e modos de ação dentro e fora da água. Nem todas as atitudes eticamente louváveis, mas isso não chegou a ofuscar a idolatria pelo surfista mitológico até seus últimos dias.

ALGUMAS FRASES DE MICKEY DORA TIRADAS DA ENTREVISTA QUE DEU PARA O FILME SURFERS: THE MOVIE - FAÇA DOWNLOD PARA LER - VALE

Fred d'Orey, possivelmente o primeiro surfista a dar um aéreo em baterias de campeonato, de alguma forma conseguiu as fitas completas com o depoimento de Dora, pérolas a se guardar... Miki faleceu em 2002 e seu legado deve perdurar eternamente na memória de um estilo de vida, que vem sendo distorcido e moldado ao mesmo tempo desde que ele resolveu abandonar sua querida Malibu em fuga do crowd, em busca do sonho que esvanecia. Esvanece até hoje, dependendo do ponto de vista e metas de cada surfista. De alma, ou sem alma.

DUPLA DO CAPÍTULO SOBRE OS WAIMEA 5000 NO PRIMEIRO VOLUME DE MINHA COLEÇÃO DE LIVROS. O AÉREO DE FRED É UM DOS DESTAQUES NA ABERTURA DA MATÉRIA DA VISUAL ESPORTIVO REPRODUZIDA AQUI

O mundo não vai parar de girar. As ondas não vão parar de rolar. O nível do surf competição não vai parar de ser elevado. Foi lindo viver os momentos passados dos anos 50 na Califórnia antes do filme Gidget atiçar as massas; dos anos 60 no Hawaii antes de qualquer briga territorial; dos anos 70 e tal no Brasil desbravando praias virgens e vivendo festivais encantados; dos anos 80 pelo mundo afora descobrindo novas fronteiras de surf; dos anos 90 com uma profissionalização vertiginosa com cifras milionárias entrando em cena.

E nos anos 2000, um país do terceiro mundo se tornou o epicentro do surf competição, com uma geração premiada de atletas (literalmente), que estão preparados para defender essa hegemonia em mais um ano olímpico. No final deste mês começa o Lexus Pipe Pro a primeira etapa da temporada de 2024 da WSL. Uma coisa está clara no primeiro escalão do surf competitivo masculino: o Brasil é o país a ser batido. Que venham os desafiantes.

https://reidragao.wixsite.com/hsurfbr/projects-ca4p