Gabriel é
bicampeão mundial, vem mais por aí...
Quando
comecei a pensar na capa para meu livro, ainda em 2012, antes de qualquer
título brasileiro na WSL, um sexto sentido me orientava a colocar Gabriel
Medina na foto em destaque. Na época a ideia era de um livro único, de 420
páginas e capa dura.
COLAGEM QUE MONTEI COM ALGUNS ENSAIOS
DE CAPAS IDEALIZADAS POR MEU GRANDE PARCEIRO FERNANDO MESQUITA, DIRETOR DE ARTE
E AUTOR DO PROJETO GRÁFICO. DESTACO QUE NENHUMA DESTAS É A DEFINITIVA, SÃO
ESTUDOS
A primeira,
com fundo cinza no topo, foi preparada em 2012 e a que tem Gabriel dando um
aéreo em Saquarema usamos a partir de 2013. No processo de aprovação do projeto
cultural, acabamos dividindo o livro originalmente idealizado para quatrocentas
e poucas páginas, em 5 volumes, de 132 páginas cada, e a obra completa contará agora
com 660 páginas. Serão 5 capas diferentes. A previsão de lançamento do volume 1
é para maio de 2019.
Nunca tive
pressa para lançar este livro, o importante ao meu modo de ver sempre foi
conseguir os recursos para fazer com o maior capricho, completo, com
informações cruzadas, buscando todo preciosismo. Afinal de contas, esta será a
coroação de meu trabalho de mais de 30 anos ligado à imprensa de surf. Ao longo
do processo de pesquisa nossos campeonatos mundiais foram acontecendo e tiveram
cobertura neste blog.
O momento
agora é de comemorar esta espetacular performance de Gabriel Medina em Pipeline
e o encerramento do ano de 2018 em uma nota alta para o surf brasileiro. Não
foi só aqui no Brasil que a estupenda atuação de Gabriel foi enaltecida.
NO SITE DA SURFER, EM MATÉRIA
ASSINADA PELO TARIMBADO JORNALISTA AUSTRALIANO SEAN DOHERTY, ELE TECE RASGADOS
ELOGIOS. NA FOTO GABRIEL SEGURA DUAS ESCULTURAS EM FORMA DE TROFÉU. A PRANCHA É
UM SHAPE DE GERRY LOPEZ, QUE APARECE ENTALHADO ENTUBANDO NO OUTRO TROFÉU
Gabriel
Medina vai conquistando vitórias em cada um dos eventos da WSL, ainda falta uma
no Brasil, J-Bay e outros picos... Com certeza isto está no radar dele, na medida em
que continuará solidificando sua carreira. Escrevo este texto no dia em que ele
completa 25 anos. Fico imaginando até onde poderá chegar comparado aos grandes
do esporte, um número de títulos entre o tetra de Mark Richards e os 11 de
Kelly? Talvez se iguale às grandes surfistas Layne Beachley e Stephanie Gilmore
com sete? Só nos resta acompanhar, sabendo que ele puxará outros brasileiros
para elevar o padrão de surf neste processo.
GABRIEL MEDINA, NA CAPA DO JORNAL
METRO DE SÃO PAULO NO DIA 18 DE DEZEMBRO DE 2018, O DAY AFTER DE UMA DAS
PERFORMANCES MAIS AVASSALADORAS E EMBLEMÁTICAS DO SURF COMPETIÇÃO
CONTRA-CAPA DO MESMO JORNAL COM UMA
RETROSPECTIVA DE SUA PERFORMANCE NAS 11 ETAPAS DA TEMPORADA
No penúltimo
dia do campeonato Pipeline ficou selvagem desafiador, fechava, grande. No
último dia o mar deu uma acertada e Gabriel foi passando por baterias em que
saiu atrás e virou o placar com frieza e personalidade. Hoje pode ser
considerado um Pipe Master de mão cheia, com todos os méritos, um surfista
completo, instintivo e criativo naquela onda.
CAPA DO ESTADÃO NO MESMO DIA 18. O
FEITO DE GABRIEL ESTAMPOU A CAPA DOS PRINCIPAIS JORNAIS DE GRANDE CIRCULAÇÃO DO
DIA SEGUINTE E ESTEVE NOS NOTICIÁRIOS NACIONAIS DOS JORNAIS DA TV
Eu poderia
me deter aqui um pouco sobre sua jornada histórica, de arrepiar, no evento. Detalhes
sobre as ondas que surfou com maestria. O melhor é assistir os clips,
fartamente disponíveis na web e amplamente cobertos pela mídia. O surf que
Medina praticou em Pipeline foi assombroso, fiquei arrepiado em mais de uma ocasião
assistindo aquilo tudo, com o computador e TV ligados em paralelo e as orelhas
plugadas nas locuções em inglês e português. Os replays em câmera lenta são
fantásticos. Já falei aqui, os eventos esportivos sendo presenciados “ao vivo”
são das grandes emoções disponíveis para os meros mortais que não tem cacife
para se colocar na arena.
Como nota
final e para colocar algo diferenciado de análise jornalística, para enaltecer
o estágio que este nosso surfista, também muito diferenciado, destacarei um
detalhe que acho que pouquíssimas pessoas devem ter se apercebido. Vamos lá:
entre uma onda e outra que Medina surfou para o Backdoor no dia decisivo, ficou
na zona de impacto, tomando uma série na cabeça, após surfar uma onda que
fechou. Ali é muito raso, no máximo meio metro entre a lamina de água e o fundo
– um misto de pedra vulcânica e coral. Confrontado com um espumeiro de dois
metros de altura Gabriel soltou a prancha em paralelo com a onda, melhor opção
para que ela não quebre e mergulhou (raso) para o lado oposto. Seria impossível
segurar a prancha ali. A onda é muito forte. Mas, o que foi impressionante? No tempo
em que ficou embaixo d’água, quando subiu para enfrentar a próxima onda, já um
pouco menor e arrastados para o raso, um detalhe, sem vir à tona nesse período
de segundos... Gabriel aparece montado em cima da prancha, pronto para dar o joelhinho,
furar a próxima onda e sair remando com tudo de volta ao pico. Tempo de bateria
correndo. Isso prova o quanto esse garoto é instintivo e quanta intimidade ele
tem com a prancha, o mar, as ondas, a correnteza, o comportamento do oceano, nessas
situações críticas. Eles haviam se separado um para cada lado para evitar um
contato que poderia causar lesão, cortes. Guiado pela cordinha, ele capturou a
prancha embaixo d’água e seguiu firme em seu objetivo: o título mundial.
Observando
Gabriel Medina surfar é possível detectar pequenos detalhes que o transformam
nesse “monstro” competitivo. Para nós brasileiros é admirável poder reverenciar e agradecer que um talento dessa envergadura surgiu aqui, na praia de Maresias
(SP).
IMAGEM QUE A RIP CURL PREPAROU PARA
COMEMORAR AS CONQUISTAS DELE, CAMPEÃO DO BILLABONG PIPELINE MASTERS 2018 E 2X
CAMPEÃO MUNDIAL DE SURF
É DO BRASIL
O título de Gabriel
Medina pode ter ofuscado um pouco a grande façanha de Jessé Mendes que chegou
ao Hawaii ainda fora da linha de classificação para a temporada da WSL em 2019
e saiu de lá não só com sua permanência na elite garantida, como também com o
troféu da Tríplice Coroa Havaiana. Colocou seu nome em uma das mais honrosas
galerias do surf.
ANALISEM A LINHA SIMÉTRICA E POLIDA
DE JESSÉ RUMO AO VICE CAMPEONATO EM SUNSET, ALIADO AO QUINTO EM
HALEIWA E UM NONO EM PIPELINE, QUE DERAM O TÍTULO AO SURFISTA DO GUARUJÁ. ELE
FICOU NA FRENTE DE JOEL PARKINSON (AUS), JORDY SMITH (AFS) E ZEKE LAU (HAW) NO
RANKING DA VANS HAWAIIAN TRIPLE CROWN OF SURFING
Esta
postagem será a última hospedada aqui no Blogspot, mas estes 101 posts e suas incontáveis
imagens e legendas explicativas, continuarão disponíveis neste endereço web
para consulta dos internautas interessados em se aprofundar na história do surf
brasileiro, basta navegar pelo menu lateral e procurar. Um trabalho de pesquisa que venho fazendo nos últimos 7 anos. Meu
objetivo é persistir crescendo com isso. Apenas 20% das entrevistas que venho
fazendo já estão neste blog. Histórias de vida incríveis. Na postagem logo abaixo desta, a de número 100, é possível encontrar diversos links.
Um novo site,
novo blog e o próprio livro em breve estarão disponíveis. Tudo faz parte do projeto
“A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, que continua...
Os cinco
volumes do livro têm a previsão de serem lançados até 2020, com o quinto volume
trazendo inclusive a participação brasileira nos Jogos Olímpicos do Japão.
Para fechar
esta postagem trago esta bela imagem que capturei do site Waves para SÉRIE AO
FUNDO - talk show conduzido por Edinho Leite, Renan Rocha e Tiago Brant. Um belo trabalho de arte gráfica com fotografias de surfistas
brasileiros que fizeram bonito nesta temporada.
DA ESQUERDA PARA DIREITA: WILLIAN
CARDOSO, VENCEDOR EM ULUWATU; ÍTALO FERREIRA COM 3 TÍTULOS NO CT; JESSÉ MENDES,
CAMPEÃO DA TRIPLE CROWN; MEDINA CAPTANDO ENERGIA DIVINA PARA MAIS UMA BATERIA
EM PIPELINE; FILIPINHO VENCEU NO RIO E J-BAY; PETERSINHO CRISANTO AO FUNDO,
CLASSIFICADO PARA A ELITE; MATEUS HERDY CAMPEÃO MUNDIAL PRO JUNIOR EM 2018
Esta temporada
2018, à exemplo de 2015, foi mais um ano mágico para o surf brasileiro, com 9 vitórias
nos 11 eventos do CT masculino da WSL. Nos eventos da ISA, eventos de SUP, surf
adaptado, recordes em ondas grandes registrados no Guiness...
Nossa
história no cenário mundial vai ganhando peso, além da participação dos atletas,
temos picos como a Barrinha de Saquarema entregando seu cartão de visita para a
comunidade internacional do surf.
ESTE É UM ESTUDO PARA O NOVA CAPA DE
NOSSO SITE
BARRINHA DE SAQUAREMA QUEBRANDO CLÁSSICA
BARRINHA DE SAQUAREMA QUEBRANDO CLÁSSICA
FOTO: FERNANDO MESQUITA – MAIO 2018
AGUARDEM PARA BREVE
MAIS DETALHES SOBRE O PROJETO:
Quando o livro vai ser lançado?
ResponderExcluirMaio SP
ExcluirJunho RJ
Isso o volume 1.
Volume 2 para o Natal 2019 e VOLs. 3, 4 e 5 em 2020.