quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

ACONTECEU – Gabriel Medina!!!

Brasil campeão Mundial do WCT da ASP



O ano de 2014 é coroado com o mais importante título da história do surf brasileiro. Participando do Circuito Mundial de Surf Profissional desde sua criação em 1976, com precursores de nosso profissionalismo como Daniel Friedmann e Pepê Lopes, finalmente o surfista de Maresias, Gabriel Medina, consagra-se como o trigésimo nono campeão da história (IPS \ ASP). Agora vamos a era WSL – Liga Mundial de Surf – sob o efeito avassalador da BRAZILIAN STORM.
A porteira foi aberta...



HOMENAGEM DO SITE GLOBO ESPORTE A GABRIEL MEDINA

A ficha demorou a cair, mas vai caindo aos poucos e devemos nos abastecer desta energia para buscar novos sonhos. Com certeza não vamos parar por aqui e outras taças virão...


MEDINA E SEU “HARDWARE” FOTO RETIRADA DO INSTAGRAM

MUITO MAIS FORTES SÃO AS EMOÇÕES DO SURF EM SI E AS PERFORMANCES DENTRO DA ÁGUA.
NÃO ESTAVA NADA FÁCIL AJUSTAR A PRANCHA ÀS SEÇÕES DE PIPELINE NESTE DIA DECISIVO.
ACELERA MEDINA!!!
JOGO DE CORPO PARA MANOBRAR NOS TUBOS INSPIRADO NAS MONOQUILHAS DE SHAUN TOMSON EM 1974,
APLICADO EM FOGUETES MODELO 2014

O título mundial pode abafar um pouco do resto de sua performance, finalizando com a primeira participação de um brasileiro em uma final do Pipe Masters, em uma bateria Homem x Homem. E também a naturalidade com que Gabriel foi chegando até lá, cercado e ao mesmo tempo indiferente a toda a pressão e emoção acopladas a esta jornada.


GABRIEL MEDINA CERCADO PELA TORCIDA BRASILEIRA EM PIPELINE, CALOR HUMANO QUE PROVACO ARREPIO.
QUE O HAVAÍ SEJA AQUI, OU... ALI, ESTAVA O BRASIL 
FOTO EXTRAÍDA DO SITE DO CANAL WOOHOO

Uma das passagens mais “fora da norma” deste dia especial foi a atitude espontânea, doida e iluminada de sair da água depois de abraçar seu amigo e rival, Filipe Toledo, a pessoa que estava mais próxima dele quando o título foi deflagrado pela vitória de Alejo Muniz sobre Mick Fanning, na bateria que se encerrava.
Gabriel remou para a praia, foi carregado pelo público, deu entrevistas até que o repórter da ASP falou: “Você tem uma bateria a surfar, que já está rolando fazem 15 minutos”, Gabriel voltou ao mar com a maior naturalidade, surfou os 10 minutos finais e venceu Filipinho, que talvez estivesse atordoado com toda a situação. ESTRELA de um futuro Pipe Master, que já mostra intimidade com o pico.
Medina deve vencer um (ou mais) Billabong Pipeline Masters no futuro. Para colocar um pouco de pimenta nesta rivalidade que se aquece entre Julian Wilson e Gabriel Medina, acho que a maior dúvida de julgamento pode pairar entre a diferença das ondas iniciais o 9,93 de Wilson e o 10 de Medina. A diferença de 0,07 pontos deveria ser maior e Julian poderia estar em uma situação mais complicada ao final da bateria. De qualquer maneira... O resultado (a decisão final do corpo de jurados) foi de certa forma sensato e talvez até oportuno e coerente. Talvez fosse DEMAIS Gabriel ter tanto em um só dia, tão jovem?
O maior prejudicado pode ter sido Dusty Payne que perdeu a Tríplice Coroa para Julian Wilson. Payne volta à elite e não deve fazer figuração desta vez. Bem como Kolohe Andino, John John, Filipinho, Jordy Smith, Adriano e Ítalo Ferreira (entre outros), jovens rookies e veteranos, que podem ser adversários ferrenhos de Medina na Liga. Julian, que além de ter levado aquela final (ainda + polêmica) em Portugal (2012) e ter colocado Medina para escanteio no evento O'Neill SP Prime de Maresias, no mês passado, mas perdeu para Gabriel no Quiksilver Pro da França em 2011, com certeza será um dos ossos duros de roer.
Gabriel Medina terá uma constelação de novos e outros tarimbados talentos para desafiá-lo, porém agora ele É O CARA A SER BATIDO.


HOMENAGEM RETIRADA DO FACEBOOK DO CANDIDATO AÉCIO NEVES


HOMENAGEM BACANA TAMBÉM FOI FEITA PELO PUBLICITÁRIO MARCELLO SERPA QUE CRIOU UM LOGO GM (QUE JÁ FOI APLICADO EM ALGUMAS DE SUAS PRANCHAS EM 2012) COM UMA MONTAGEM LEVANDO AS CORES DA BANDEIRA NACIONAL.
IMAGEM RETIRADA DO SITE WAVES

O momento é de saborear este troféu, mas sabendo que a conquista vem no rastro de outras belas façanhas de surfistas brasileiros.


GABRIEL MEDINA E O TROFÉU MÁXIMO E ÚLTIMO DA ASP
FOTO RETIRADA DO FACEBOOK DA OAKLEY

Agora virá a era da World Surf League, os brasileiros estão prontos para tomar de assalto os eventos da maior organização do surf mundial. Mas é importante lembrarmos de outros grandes momentos vitoriosos que estarão destacados no livro “A Grande História do Surf Brasileiro”, programado para ser lançado no ano que vem.


CARLOS BURLE, CAMPEÃO DO PRIMEIRO BWWT (CIRCUITO MUNDIAL DE ONDAS GRANDES) NA TEMPORADA 2009\2010.
FOTO SCOTT EGGERS



O TÍTULO MUNDIAL AMADOR DE FABIO GOUVEIA EM PORTO RICO NO ANO DE 1988 FOI O DISPARO QUE ACENDEU A CHAMA QUE: "PODÍAMOS"
REPRODUÇÃO DE PÁGINA DUPLA DO LIVRO DE ALEX GUTENBERG
A HISTÓRIA DO SURF NO BRASIL - 50 ANOS DE AVENTURA
UMA PRODUÇÃO DA EDITORA AZUL \ REVISTA FLUIR LANÇADO EM 1989


Foram 12 anos de 1988, até conseguirmos o título mundial por equipes da ISA (International Surfing Association), que gere o surf mundial amador.
Do lançamento deste livro em 1989, que teve o gancho da vitória de Fabinho, até 2014 passam-se mais 25 anos, para esta grande glória de Gabriel Medina. Um momento bastante oportuno para lançar meu livro.



EM 2000, NA PRAIA DE MARACAÍPE (PE), O BRASIL SAGROU-SE CAMPEÃO DA ISA COM VITÓRIAS DE FABIO SILVA – CAPA DA FLUIR (OPEN), TITA TAVARES (FEMININO), MARCELO FREITAS (LONGBOARD), SÉRGIO PEIXE (KNEEBOARD), GUILHERME TÂMEGA (BB MASCULINO) E KARLA COSTA (BODYBOARD FEMININO). UM FAMOSO “CLEAN SWEEP” – VARREU GERAL

NESTE ANO DE 2000 SÓ PERDEMOS A CATEGORIA JUNIOR PARA O HAVAIANO JOEL CENTEIO NESTES SURF GAMES DA ISA
MAS PEDRO HENRIQUE DEU O TROCO E LEVOU, EM MAKAHA, O MUNDIAL PRO JUNIOR DA ASP



NO SURF FEMININO JAQUELINE SILVA, ACIMA EM WAIMEA BAY E SILVANA LIMA, CHEGARAM AO VICE-CAMPEONATO MUNDIAL DA ASP. AMBAS FORAM CAMPEÃS DO WQS E SILVANA VOLTA AO WCT, COM TUDO, EM 2015
FOTO DO SITE EHLAS.COM.BR


ATÉ ESTA VITÓRIA DE GABRIEL MEDINA - 2014, O TÍTULO MAIS IMPORTANTE DO BRASIL NA ASP HAVIA SIDO A CONQUISTA DE PHIL RAJZMAN, CAMPEÃO MUNDIAL DE LONGBOARD DA ASP, NA FRANÇA, EM 2007
REPRODUÇÃO DA COLUNA PÉ NO BICO DE JAIME VIÚDES NA REVISTA HARDCORE

A supremacia brasileira nos eventos PRO JUNIOR da ASP será o tema de uma futura postagem deste blog (e também do livro), reverenciando surfistas como Pedro Henrique (2000), Adriano de Souza (2003), Pablo Paulino (2004 e 2007), Caio Ibelli (2011) e Gabriel Medina (2013). Aguardem... 

Ficamos por aqui saudando o incomparável feito de Gabriel Medina em 2014. 



IMAGEM RETIRADA DO SITE SURF GURU

E lembrando que nesta temporada, além do título maior de Gabriel, Silvana Lima foi campeão do WQS 2014 e Filipe Toledo deixou todos para trás no disputado WQS masculino da ASP, ambos com largas margens. E o potiguar Ítalo Ferreira foi vice mundial no PRO JUNIOR da ASP em Portugal e campeão NACIONAL da Abrasp. Estará no WCT da Liga Mundial de Surf em 2015, ao lado de Wiggolly Dantas, outra novidade do Brasil.

Mãos à obra!


Conheça detalhes do projeto no site: http://www.hsurfbr.com.br/


CAPA DA REVISTA \ LIVRO LANÇADO PELA EDITORA AZUL EM 1989
PROJETO GRÁFICO DE FERNANDO MESQUITA PARA A CAPA DO LIVRO A SER LANÇADO EM 2015
EDITORA AINDA NÃO DEFINIDA
(em processo de pesquisa e redação)

sábado, 6 de dezembro de 2014

OS BRASILEROS E A TRÍPLICE COROA

Destaques do Brasil em Campeonatos no Hawaii

Em 1976 Pepê Lopes participou da final do Pipeline Masters com seis surfistas. Foi a primeira participação marcante do Brasil nos campeonatos havaianos. A Triple Crown foi inventada em 1983, mas uma série de três campeonatos no Hawaii vem desde 1971, quando surgiu o Pipeline Masters. Os brasileiros nunca venceram a Tríplice Coroa, mas já tiveram flashes de brilhantismo em competições naquelas Ilhas.

PÁGNA DUPLA PUBLICADA NA REVISTA FLUIR DE FEVEREIRO DE 1990 COM A COBERTURA COMPLETA DA TRIPLE CROWN DE 1989 APRESENTADA EM MAIS DE 20 PÁGINAS

Eu estive em três temporadas havaianas dos anos 70, depois de um hiato de 10 anos sem ir ao North Shore, voltei como jornalista para cobrir os eventos e a participação dos surfistas brasileiros na temporada. Fiz questão de que cada um dos atletas que participaram dos campeonatos aparecesse nesta montagem acima. Abaixo a capa da edição.

CARLOS BURLE ERA UMA PROMESSA ENTRE OS JOVENS BRASILEIROS QUE DESPONTAVAM. SUA PERFORMANCE DESTEMIDA EM SUNSET BEACH JÁ ERA UM PRENÚNCIO DE QUE SERIA UM DE NOSSOS SURFISTAS QUE MAIS FICARIA “À VONTADE” NAS ILHAS

Esta foi a primeira temporada havaiana que registrei como jornalista de surf (89\90). Os brasileiros começavam a ganhar o seu espaço. Fábio Gouveia recebeu o prêmio de Rookie of The Year da ASP. Em 1991 ele seria o primeiro brasileiro a vencer uma etapa havaiana e gravar seu nome no troféu da World Cup.
Para nós pairava uma “ilusão”, de que tudo viria rápido: o título mundial; mais vitórias no Hawaii...
Os anos foram passando... A última temporada havaiana que cobri “in loco” foi a de 1998. Já trabalhando para a revista Hardcore trouxe uma reportagem especial, chamada “Alerta Vermelho” que analisava a perspectiva da escassez de novos jovens talentos com potencial para brilhar no Hawaii e no World Tour. Isso se refletiu no início dos anos 2000, quando caímos de 10 a 11 atletas na elite para menos de meia dúzia. Nas arquibancadas de Sunset, nas pedras de Rocky Point e nas areias de Pipeline, colhi uma diversidade de depoimentos que foram costurados para embasar a matéria.


CAPA DA HARDCORE DE MARÇO DE 98, COM YURI SODRÉ EM ROCKY POINT, UM DOS SURFISTAS QUE, COMO CARLOS BURLE ANOS ANTES, FEZ SUA REPUTAÇÃO SURFANDO COM CATEGORIA AS DIFÍCEIS ONDAS DE SUNSET BEACH

Yuri Sodré, local de Guaratiba, foi um de nossos surfistas que galgou a escada até o primeiro escalão do WCT, suas boas performances no Hawaii foram decisivas. Desde Pepê; passando por Roberto Valério; Guilherme Herdy e Renan Rocha que tiveram performances estupendas em Pipeline; Peterson Rosa, Leo Neves e Raoni Monteiro que mostraram autoridade em Sunset; Hemerson Marinho, Bernardo Pigmeu, Jihad Khodr e Alejo Muniz, mais recentemente em Haleiwa. Alejo inclusive vencendo o título de Rookie da Triple Crown, que pode ser ofertado a Lucas Silveira nesta temporada.

Muitos brasileiros já brilharam nas Ilhas Havaianas e não pretendo esgotar a lista aqui. O que posso garantir é que em meu livro “A Grande História do Surf Brasileiro” programado para sair no ano que vem, nenhum nome importante e que marcou história estará ausente.
Nesta mesma edição da Hardcore de Mar/98 no editorial eu trouxe comentários sobre uma outra importante reportagem que fiz para a Hardcore, na qual me dirigi às sedes das principais revistas da Califórnia, em San Clemente, também busquei opiniões de jornalistas havaianos, australianos e sul africanos indagando: Por que o Brasil não tinha espaço nos veículos gringos?


REPRODUÇÃO DO EDITORIAL DESTA MESMA HARDCORE DE MARÇO DE 1998. EM DESTAQUE GUILHERME HERDY NA SEÇÃO SPEED REEF DE GRAJAGAN

A matéria, “Eu Quero a Capa!!” saiu algumas edições antes na Hardcore e retratava nosso reconhecimento (de nossos atletas) pela mídia internacional. Futuramente ainda vou colocar estes textos (antigos) aqui em meu blog.
Hoje estamos em uma situação totalmente diferente e a Brazilian Storm faz com que todos respeitem e admirem os surfistas brasileiros. Nunca chegamos tão perto deste sonhado título mundial. Independente do resultado do Billabong Pipeline Masters e da definição do título mundial de 2014, guardo as expectativas para minha última postagem do ano, quem sabe, com Gabriel Medina nos trazendo esta grande felicidade.

Para finalizar este post uma foto que fiz com meu celular, de uma página do livro PIPELINE MASTERS, mostrando:

PEPÊ LOPES, AO LADO DE GERRY LOPEZ, PERFILADOS MINUTOS ANTES DA FINAL DE 1976

Mais informações sobre a Triple Crown em minha postagem de um ano atrás:

A participação dos brasileiros nos campeonatos havaianos será destacada em diferentes e diversos capítulos do livro A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO, conheça detalhes do projeto clicando no link abaixo:


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

EVOLUÇÃO DOS WEBCASTS

Brasileiros geram tendência de tecnologia


Em 1984 dois amigos surfistas de Niterói (RJ), bolaram uma fórmula para agilizar a soma das notas nos campeonatos de surf. Uma situação que era contornada “na unha”, puxando notas escritas sobre uma prancheta e somando de cabeça, ou com calculadora. Foi assim que surgiu a BEACH BYTE.

RECORTE DO SITE DA EMPRESA EM INGLÊS, QUE TRAZ O SURFISTA PABLO PAULINO, BICAMPEÃO MUNDIAL PRO JUNIOR.

Mano Ziul e Celso Alves foram os fundadores oficiais e tiveram diversos colaboradores como Alexandre Cury, Robson Machado e hoje em dia muitos “funcionários” e parceiros, inclusive gringos, que colaboraram para a evolução deste processo de computação do julgamento e dos webcasts.

REPRODUÇÃO DA SEÇÃO SURF NEWS DA REVISTA FLUIR (1988), COM AS PRIMEIRAS MAQUINETAS DE DIGITAÇÃO QUE FORAM SENDO UTILIZADAS EM PARALELO COM AS PRANCHETAS.
REPARE NO TEXTO QUE, NO INÍCIO, A EMPRESA SE CHAMAVA BIT & BAITE

O grande salto foi o momento em que Mano vislumbrou a possibilidade (já aliada à internet), de fazer a transmissão dos eventos de surf AO VIVO pela web. O início desta era ocorreu em 1998 e os avanços tecnológicos foram constantes.

CELSO ALVES E MANO ZIUL AO LADO DOS IRMÃOS GÊMEOS MARCOS E BRUNO BOCAYUVA
EM FRENTE AO BANZAI BOWLS DA CALIFÓRNIA.
FOTO DO FACEBOOK DE CELSO ALVES

A história da Beach & Byte, seu contrato com a ASP, que dura até hoje, a tentativa de empresas japonesas e de outros países de furar o esquema... sucumbiram diante da qualidade superior e criatividade de Mano e sua equipe. Toda a trajetória da empresa e o progresso das tabulações e transmissões, serão tratados no livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO" que tem previsão de lançamento para 2015.

HOJE OS SITES DOS CAMPEONATOS DE SURF TRAZEM TODAS AS INFORMAÇÕES, NOTAS EM TEMPO REAL, RESULTADOS...
TUDO ENGENDRADO POR ESSA TURMA DE NITERÓI QUE GANHOU O MUNDO
NA FOTO CAIO IBELLI EM ETAPA DO QS NA ESPANHA



MANO ZIUL AO LADO DO JUIZ BAIANO LAPO COUTINHO E DE OUTRO GRANDE PARCEIRO DE TECNOLOGIA, ROBSON MACHADO, DURANTE A PERNA HAVAIANA DO CIRCUITO MUNDIAL
FOTO: SEBASTIAN ROJAS PARA O SITE DA FLUIR

Os webcasts hoje são assistidos por um número de pessoas que cresce exponencialmente. A parafernália utilizada para trazer as imagens em câmera lenta e os replays, de diversos ângulos, microfones dentro d'água, para a sua casa - é incrível.

MESA DE TRANSMISSÃO DA WEB DO US OPEN EM HUNTINGTON BEACH
IMAGEM EXTRAÍDA DO SITE EXPN

Um dos segredos de sucesso das transmissões atuais é o envolvimento de surfistas que já foram grandes competidores nos comentários das ondas surfadas. Isso ocorre internacionalmente e aqui no Brasil também. Durante a última etapa da perna brasileira de 2015 um belo time foi montado para o O’Neill SP Prime, em parceria com a equipe da ESPN Brasil.

DE PÉ, PIU PEREIRA, QUE ERA O DIRETOR DE PROVA, AO LADO DE TECO PADARATZ, RESPONSÁVEL PELAS ENTREVISTAS DE PRAIA. SENTADOS ZÉ PAULO E RENAN ROCHA, QUE AINDA ERAM REFORÇADOS POR EDINHO LEITE (AUTOR DA FOTO), QUE PILOTAVAM DA CABINE DE TRANSMISSÃO.
FOTO DO FACEBOOK DE ZÉ PAULO

Todas as facetas da evolução do surf brasileiro e seus desdobramentos, serão tratados no livro A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO, conheça detalhes do projeto clicando no link abaixo:



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CLÍNICA DE AÉREOS

Nascimento de novos jovens ídolos do surf

A performance de Filipe Toledo em Maresias para o O’Neill SP Prime além de fechar com pompa e apoteose o retorno da perna brasileira de final de ano (Pré-Hawaii), consagrou a força da nova geração do surf mundial e o Brasil está na linha de frente.


FILIPINHO TOLEDO (19 ANOS) O MAIS JOVEM ATLETA DO WCT 2014, SAIU DO BRASIL LIDERANDO O QS. 
DEU UMA VERDADEIRA “CLÍNICA” DE AÉREOS DURANTE SUAS BATERIAS EM MARESIAS

Um dos destaques de sua performance foi uma das ondas da bateria final em que Matt Banting ia voltando para o fundo e enquanto remava pôde assistir de camarote Filipinho lançar dois aéreos de frontside, o primeiro rodando para um lado e logo em seguida, sem perder a fluidez, lançou outro rodando para o lado oposto.

ABAIXO UMA COLAGEM DE IMAGENS CAPTURADAS DE DIVERSOS SITES DA WEB
E TAMBÉM DE SUAS PONTUAÇÕES
PASSOU TODAS AS BATERIAS EM PRIMEIRO
COMEÇAMOS COM UM FRAME DO RICO SURF E AS ESPETACULARES FOTOS DE DANIEL SMORIGO
(mais abaixo um CLIP do youtube)



















CLIC NO LINK ABAIXO PARA ASSISTIR O VÍDEO DE SUA TRAJETÓRIA

Filipe Toledo  -   Road to the final (you tube)



Não foi apenas Filipe (19 anos) que aproveitou as boas ondas de Maresias para dar um espetáculo. Uma nova safra de jovens atletas chegou junto e mostrou serviço. Entre os oito finalistas, cinco surfistas tinham vinte e poucos anos. O australiano Matt Banting (20), também já classificado para o WCT 2015, fez a final contra Filipinho. Outro australiano que está perto da classificação é o bicampeão mundial Pro Junior, Jack Freestone (22). Completando temos o brasileiro Ítalo Ferreira (20) e o prodígio da Costa Rica, Carlos Muñoz (21).
Ítalo (RN) e Wiggolly Dantas (SP) são duas novidades brasileiras já garantidas para a elite na temporada 2015 da ASP = WSL (agora WORLD SURF LEAGUE)

Fora dos finalistas diversos outros surfistas jovens brilharam. Uma constatação marcante é o estrelato de Gabriel Medina (que fará 21 anos no dia 22 de dezembro). A torcida compareceu em peso à Maresias para ver Medina.


GABRIEL MEDINA CERCADO PELA MÍDIA E POPULARES
MARESIAS NOVEMBRO 2014
FOTO: DRAGÃO (COM CELULAR)
ABAIXO: MEDINA EM FOTO DE DANIEL SMORIGO



Ele surfou bem, mas com Medina fora do evento a idolatria do público brasileiro focou em Filipe Toledo.


Agora a atenção do mundo do surf se volta para o Hawaii e os três eventos da TRIPLE CROWN culminando com a definição do campeão mundial da temporada 2014.



Um ano que pode ficar marcado de forma gloriosa para o surf brasileiro.

Estaremos ligados:



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O SURF E OS GRANDES PATROCINADORES

Ciclos vem como as ondas do mar

Marcas de grande poderio de publicidade flertaram com o esporte surf desde o início do profissionalismo, ainda nos anos 70. A vodka Smirnoff foi um dos grandes patrocinadores dos eventos havaianos, mesmo antes da formação de um circuito mundial.


 ANÚNCIO PUBLICADO EM UMA DAS ÚLTIMAS EDIÇÕES DA BRASIL SURF
FINAL DE 1977
OTÁVIO PACHECO TINHA O PATROCÍNIO DO GUARANÁ ANTARCTICA

O Brasil foi um dos países que trouxe para o surf uma primeira onda de grandes patrocinadores para os atletas profissionais. Otávio estava com a Antarctica; Daniel Friedmann tinha patrocínio da Brahma; Cauli da Rádio Cidade; Pepê do Jornal do Brasil; Ian Robert fez pranchas roxas com o logo dos perfumes Rastro; Bocão trazia a marca da Gledson em suas pranchas. Chegamos a ter um time de profissionais patrocinados por marcas exógenas ao surf, ANTES e de forma mais contundente, que australianos e norte-americanos.
Hoje Gabriel Medina é patrocinado pelo Guaraná Antarctica, além de outras marcas de “fora” do surf. A austríaca Red Bull, paga bons salários e exige o boné nas entrevistas de diversos atletas. A rede de hipermercados Target vai patrocinar a etapa decisiva do surf feminino em Maui, Hawaii, mas nem sempre a equação de patrocínio no surf foi dessa forma.


NA SEGUNDA FEIRA, APÓS A APURAÇÃO DO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES, A CAPA DO PORTAL MSN (MICROSOFT), TRAZIA UM BANNER DA GILLETTE COM “NOSSO” MEDINA COMO GAROTO PROPAGANDA


Todo o processo de relação com os patrocinadores será tratado no livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, que está programado para ser lançado em 2017.

Durante muitos anos o crescimento do surf foi alicerçado pelas empresas de surfwear originais do mercado, que nasceram dentro do esporte.


O MUNDIAL PRO JUNIOR CRESCEU NA ASP COM O PATROCÍNIO DA BILLABONG
A PENÚLTIMA EDIÇÃO FOI REALIZADA NA PRAIA DA JOAQUINA E TINHA O RESPALDO DA MARCA HD
A MARCA INTERNACIONAL DE SEGUROS ALLIANZ LEVOU JOVENS SURFISTAS PORTUGUESES PARA PRODUZIR UM ANÚNCIO EM MUNIQUE, SURFAR UM RIO DA REGIÃO E DESFILAR COM SUAS PRANCHAS EM FRENTE À EMBLEMÁTICA 
ALLIANZ ARENA.

Nenhuma marca de surfwear estava atrelada ao patrocínio do ASP World Junior Championship de 2014.

Governos estaduais e municipais têm marcado presença em diversos eventos. Um exemplo recente e marcante é a percepção do governo português e de algumas prefeituras lusas, secretarias de turismo, de formar esta impressionante perna do tour, com eventos Prime em Açores (Sata Airlines) e Cascais (com a Billabong), o já tradicional WCT de Peniche em conjunto com a Rip Curl, mas tendo o maior aporte da empresa de telefonia Moche, culminando com o Pro Junior em Ericeira, que tinha o "naming rights" da seguradora Allianz. Foi criada até uma premiação especial – Cascais Trophy – tipo uma Tríplice Coroa Portuguesa. Altos investimentos governamentais. No Brasil isto também vem ocorrendo.

O Guaraná Antarctica além de estar ao lado de Gabriel Medina, na sua prancha, em seus fones de ouvido nas concentrações pré-bateria, também está investindo forte no evento O’Neill SP Prime, que finaliza a perna brasileira de 2014 na próxima semana.


Os aspectos em que o esporte se respaldou para se transformar em um dos mais praticados no mundo, bem estruturado e também forte no Brasil, será analisado com profundidade e sobre diversos prismas no livro.

Conheça detalhes do projeto no site: http://www.hsurfbr.com.br/