Vinheta "MEMÓRIAS" (by TOM VEIGA)
NA CRIAÇÃO DESTA VINHETA FOI RABISCADO UM ESBOÇO EM LÁPIS PELO DIRETOR DE ARTE DO PROJETO DO LIVRO
"FERNANDO MESQUITA" E ENVIADO AO ARTISTA TOM VEIGA, PARA VIAJAR EM CIMA, AO SEU ESTILO.
ESTE FOI O RESULTADO - GENIAL!!! Não acham?
Nestas prévias dos capítulos apresentados aqui na internet é importante frisar que o projeto de pesquisa continua, durante todo o próximo ano. A possibilidade de enriquecer o conteúdo destes capítulos, corrigir informações, adicionar nomes e acontecimentos... Tudo faz parte do conceito aqui aplicado. Tenho uma grande lista de pessoas para ainda serem entrevistadas. O objetivo final é chegar ao "produto livro" o mais perto possível da perfeição. Curtam a leitura.
Capítulo 5
MEMÓRIAS DO SURF BRASILEIRO
RIO – “Anos Dourados”
Década de 60
A introdução
das pranchas de fibra e de um estilo de vida praiano, descontraído, inovador e
arrebatador.
O vírus do surf foi inoculado em território brasileiro e não havia mais
como se libertar dele. Aqueles praticantes de pesca submarina que haviam sido
os introdutores do esporte, presenciaram a modalidade de pegar ondas cair na
graça dos frequentadores daquele pontão de pedras, antes o seu refúgio, que
agora começava a ser abraçado pela cidade com uma velocidade surpreendente.
Quem ia ao Arpoador e via aqueles garotos se divertindo com suas pranchas de
madeirite ficava intrigado e hipnotizado. A segunda metade dos anos 60 seria o
momento em que o surf alçaria voo da Cidade do Rio de Janeiro para o resto do
país.
O Arpoador foi o epicentro deste processo.
O CENTRO DO UNIVERSO DO SURF BRASILEIRO
Até 1964 a turma do Arpoador surfava
com suas pranchas de madeirite. Um fenômeno local, um objeto criado e
desenvolvido por surfistas brasileiros, que não teve paralelo em outro ponto do
planeta. Para entendermos o próximo passo é interessante nos situarmos com
relação ao momento histórico, local geográfico e pulsação rítmica dessa nova
tribo.
O Arpoador era o reduto de um grupo de
jovens que encontrava naquela “ponta” de cidade o ambiente perfeito para dar
forma ao estilo de vida do surf. Viver na praia era o que mais pesava em sua
escala de valores. Independente da Capital Nacional ter se mudado para Brasília
no início da década de 60, a Cidade do Rio de Janeiro ainda representava a
vanguarda cultural, intelectual, de moda, criatividade musical... São Paulo
crescia e se industrializava rápido, após o governo de Juscelino Kubitschek,
porém o Rio era a cidade maravilhosa, que mantinha a bossa, à beira mar.
O Arpoador, a casa espiritual do surf
brasileiro, reunia condições únicas. Em primeiro lugar pela qualidade de suas
ondas que vinham lá do pontão e abriam, abriam muito em direção à praia de
Ipanema. Ipanema e o Leblon se transformavam nos bairros mais “in” do Rio, a
evolução naturalmente sofisticada de Copacabana. A juventude carioca era a fração
da população que mais tinha condições de aproveitar a praia e seus predicados,
entre eles... as ondas! Um canto de praia afastado do resto do Rio, um
microcosmos em que todos se conheciam e no início dos anos 60, na maioria das
vezes, a praia estava vazia.
Arduíno Colassanti, um dos pioneiros,
comentou em entrevista para o Canal Off, na série de documentários 70&Tal, de
um dia em que contou 16 surfistas no Arpoador e pensou: “Acabou!” Não havia como
parar o crescimento. Independente disso, a evolução do surf no Brasil vinha a
passos lentos. Estes pioneiros sabiam da existência das pranchas de fibra. Em
texto escrito de punho para Wady Mansur, por ocasião do evento “Lendas do
Arpoador”, em 2009 (publicado também no site Waves), Arduíno conta que havia
visto fotos de pranchas de surf na revista especializada em mergulho Skin
Diver, depois numa matéria da revista Life, trazendo mais informações sobre as
pranchas com miolo de espuma e uma longarina. Porém, Colassanti confessa que
esses projetos iniciais foram feitos de “orelhada”. A primeira prancha que ele
tentou fazer... Foi obrigado a jogar fora, ficou inutilizada. A alquimia não
deu certo.
Em um determinado momento três pranchas
estavam sendo produzidas, Arduíno era o mais adiantado. Irencyr Beltrão, o
Barriga, estava desenvolvendo seu shape, num bloco de isopor, em cima da mesa
de jantar de seu apartamento e o Persegue (Jorge Bally), também desenvolvia um
terceiro protótipo. Eles estavam “apanhando”, estragaram blocos derretidos com
resina de poliéster, encaparam com celofane, acabaram buscando informações com
químicos da Bayer e da Shell. Finalmente souberam da resina epóxi, a primeira
prancha de Arduíno Colassanti estava quase pronta, a resina não secava, ele
decidiu finalizar ela na calçada em cavaletes instalados ao lado da antiga
rádio que ficava bem no Arpoador. Com o vento... Gravetos, areia, palitos de sorvete,
grudavam em sua obra!
Foi nessa época, em 1964, que apareceu
o australiano Peter Troy no Rio. Ele estava dando a volta ao mundo atrás das
ondas (o primeiro) e chegou ao Brasil vindo do Peru, em uma longa jornada
através da Amazônia. Troy, que aportou no Brasil sem uma prancha, viu um cara
com uma madeirite em Copacabana e começou a segui-lo, foi desembocar no
Arpoador.
NASCIMENTO DO ESTILO
Arduíno escreveu: “Um belo dia apareceu na praia um cara esquálido. Alto, magro e com
aspecto doentio, puxou papo comigo em inglês. Contou ser um surfista
australiano, chamado Peter Troy, que estava vindo do Peru via Amazonas. Peter
achava que continha alguma doença tropical. Irencyr, vulgo Barriguinha,
hospedou o gringo e o pai dele, médico, o curou. Assim que o gringo se
restabeleceu, voltou para o Arpoador. Mostrei minha prancha e ele topou
experimentá-la. Como estava ventando um Sudoeste
fresco, fomos cair no lado esquerdo do Pontal do Recreio. Peter olhou um pouco
o mar, caiu na água e pegou logo uma onda. Nós na praia ficamos de queixo caído:
ele andava sobre a prancha e deu o que depois aprendemos a chamar de bottom
turn, turn back e hang five. Tudo com uma fluidez e facilidade que
desconhecíamos. Peter voltou para o pico remando ajoelhado, também novidade. Na
segunda onda em que entrou, deu um bottom turn tão radical que a pressão da
água sobre a quilha arrancou o fundo da prancha que eu, para economizar, havia
feito com uma fibra mais fina. Minha prancha destruída e eu, sem me importar,
pulando de emoção pelas possibilidades demonstradas em apenas duas ondas. Logo em seguida soubemos que Russell Coffin, um garoto americano que
morava com os pais em um hotel em Copa tinha uma prancha. Lá fomos nós para o
hotel com o Peter a tiracolo. De lá voltamos triunfantes, com Russell e sua
prancha – uma Bing – para o Arpoador. O que se seguiu foi uma demonstração de
todas as manobras conhecidas na época, com o hang ten incluso. Foi um ponto de
inflexão. Dali para frente pegar ondas não seria mais a mesma coisa.”
O ÚNICO REGISTRO QUE TEMOS (por enquanto) DE PETER TROY NO ARPOADOR. FOTO ARQUIVO IRENCYR BELTRÃO.
O REENCONTRO DE BELTRÃO E TROY NA DÉCADA PASSADA. PETER FALECEU EM SETEMBRO DE 2008.
RUSSELL COFFIN ME MANDOU ESTA FOTO DELE SURFANDO COM A FAMOSA PRANCHA BING 9'6" NA GUARATIBA. DOIS ANOS APÓS A VINDA DE PETER TROY. A MANCHA É UMA CABEÇA QUE ESTAVA NA FRENTE E FOI RETIRADA EM PHOTOSHOP. FOTO: JORGE PERSEGUE
A demonstração de Peter Troy no Brasil
foi um divisor de águas, da mesma forma que a chegada de Greg Noll e seus
amigos na Austrália em 1956, com pranchas manobráveis de fibra, contra as
pesadas de madeira que Duke havia ensinado os australianos a produzir, quarenta
anos antes. Eles haviam parado no tempo. Foi um choque!
Peter Troy deixou desenhos, dicas e
instruções para que pranchas modernas fossem construídas aqui. A partir daí uma
nova geração de surfistas começou a se formar no Brasil. Os 16 surfistas que
Arduíno havia visto de madeirite no Arpoador logo viraram 32, 64... As “novas”
manobras aprendidas, mais o jogo de corpo, pisar forte na rabeta sobre a quilha
para virar a prancha com fé, poses estilosas, walking on the board – as
caminhadas até o bico. O tempero brasileiro (carioca) foi dado ao surf.
Os surfistas que passaram a
impressionar foram: Betinho Lustosa, portador de estilo refinado e uma fluidez
natural. Jorge Bally, o Persegue, cujo apelido veio desde a época das
madeirites, quando Jorge ainda não tinha a sua prancha e ficava atrás
literalmente “perseguindo” os que tinham pranchas, daí veio o apelido
Perseguição, que mais tarde foi simplificado e abreviado para ‘Perseg’. Outro
surfista que fez a transição das pranchas de madeira para as de fibra com
qualidade foi o Paulinho Bebiano “Macumba”. Será impossível citar todos os
nomes que se destacaram na segunda metade dos anos 60, ainda na era dos
pranchões, no Arpoador. Aqui abaixo segue uma amostragem de fotos de Tito
Rosemberg, um dos que melhor registrou esta fase do surf brasileiro.
Fotos extraídas de seu ÁLBUM organizado
no facebook pela Totem. Vejam quase uma centena de “clics” deste LEGEND do surf
brasileiro no link:
ACIMA A RADIO EM FRENTE A QUAL ARDUÍNO PRODUZIA SUA PRANCHA EM CAVALETES IMPROVISADOS. DESTAQUE PARA OS PEQUENOS ESCRITOS EM CADA FOTO DESTE ÁLBUM, NÃO SEI SE A IDEIA FOI DE TITO, OU DE FRED D'OREY, DA TOTEM, MAS É INTERESSANTE CLICAREM NO ÁLBUM COMPLETO E CURTIREM ESTES REGISTROS
(link também ao final do texto).
VAMOS TENTAR ORGANIZAR ISSO
Chegamos em 1965. Quando uma prancha
perdida atingiu a filha de um general (na época da ditadura), os surfistas
passaram a ser vistos como perigo eminente. Passaram a ser proibidos de surfar
até as 14 horas. Aventuras e fugas cinematográficas tomaram cena ao redor das pedras
do Arpoador, antes tranquilas e “dominadas” pelos surfistas e seus companheiros
da pesca submarina. Restavam duas opções, as duas rotas foram tomadas:
1) buscar ondas mais longe;
2) buscar respaldo legal formando uma
Federação de Surf.
O JIPE DE TITO NA BARRA, INÍCIO DAS AVENTURAS EM BUSCA DAS ONDAS QUE SE TRANSFORMARAM EM EMPREITADAS MAIS ARROJADAS EM LAND ROVERS PELO MUNDO AFORA...
O GOVERNADOR NEGRÃO DE LIMA RECEBE OS SURFISTAS
Dentro deste cenário que foi organizado
o primeiro grande campeonato de surf do Rio de Janeiro e por tabela do Brasil.
Um primeiro passo foi formalizar a seriedade dos surfistas, isso ocorreu com
uma recepção pelo então Governador do Rio de Janeiro – Negrão de Lima, no
próprio Palácio Guanabara. A comitiva contava com Yllen Kerr (pai de Fábio) que
era um respeitado jornalista, mais Walter Guerra, João Cristóvão, Armando Serra
e as meninas Maria Helena e Fernanda Guerra.
FOTO ENVIADA POR ARMANDO SERRA, QUE APARECE ATRÁS DA MÃO DO GOVERNADOR, AO FUNDO. EM PRIMEIRO PLANO YLLEN KERR, AO LADO DE FERNANDA GUERRA, MARIA HELENA E JOÃO CRISTÓVÃO. FORA DO QUADRO DESTA FOTO, WALTER GUERRA QUE COMPARECEU AO PALÁCIO GUANABARA DE ÓCULOS ESCUROS.
RASCUNHO DA DIRETORIA DO ARPOADOR SURF CLUB. ACERVO TITO ROSEMBERG
A realização do campeonato aproveitou a
presença no Brasil de dois surfistas californianos Mark Martinson, que havia
vencido o US Surfing Championship em 1965 e o talentoso e ágil Dale Struble,
eles eram ”hors concours”, Armando Serra, que participou destes primeiros
campeonatos comentou: “Ninguém
sabia direito como fazer um campeonato e os juízes éramos nós mesmos e acabou
dando certo. O resultado foi - Junior: Persegue em primeiro, Betinho em segundo
e o terceiro não lembro; Senior: Alexandre Bastos em primeiro, Mário Bração em
segundo e eu em terceiro; Feminino: Fernanda em primeiro e se não me engano a
Cristina Bastos em segundo. Mark Martinson não disputou só fez exibição. Comecei surfando em
pé em 62, mas era muito principiante e tinha uma madeirite. Em 64 consegui
minha primeira prancha americana, uma marca desconhecida mas muito boa. O mais
importante que eu considero nesta nossa história, em primeiro lugar é o fato de
termos fundado a Federação com quatro clubes (Iate Clube do Rio de Janeiro,
Clube dos Marimbas, Clube Radar e Clube Costa Brava). Em segundo a descoberta
de Saquarema e outros picos novos...”
Saquarema será protagonista de um
capítulo particular do livro, o foco agora é esta primeira competição mais
séria em território brasileiro.
VEJAM ALGUMAS FOTOS
COMPILADAS NA WEB DESTE EVENTO
REPRODUÇÃO DE PÁGINA DA REVISTA
"A HISTÓRIA DO SURF NO BRASIL" DE ALEX GUTENBERG
DO ÁLBUM DE TITO ROSEMBERG
REVISTA DOS ANOS 60. ACERVO ARMANDO SERRA
MUDINHO EM AÇÃO
SURFISTAS PREPARADOS NA PRAIA DO DIABO
A partir da segunda metade dos anos 60
as pranchas importadas começaram a chegar com mais frequência ao Brasil: Gordon
& Smith, Hobie, Bing, Hansen, Surfboards Hawaii, Harbour, Velzy e outras
das mais famosas marcas dos EUA. Paralelamente as primeiras pranchas nacionais,
mesmo que de forma artesanal, forem sendo industrializadas. As “Surfboards São
Conrado” eram o maior objeto de desejo para os surfistas brasileiros que não
tinham como conseguir uma das importadas. O Coronel Parreiras montou sua
fábrica debaixo da piscina de sua casa, na base da Pedra Bonita, em uma
travessa da Estrada do Joá. As pranchas com tecidos florais aplicados no bico eram
antológicas. Infelizmente quase todas foram descascadas para que fossem
aproveitados os blocos para a confecção de pranchas menores. Outros shapers
foram aparecendo no cenário como Mário Bração, Tito Rosemberg, Marcelo Kaneka,
alguns chegaram até a trabalhar na fábrica da São Conrado. No Estado de São
Paulo também surgiram indústrias de pranchas ainda nos anos 60, mas isso será
abordado no Capítulo 7.
NA SEGUNDA METADE DOS ANOS 60 AS MELHORES PRANCHAS DO BRASIL ERAM PRODUZIDAS NESTA RUA QUE DESEMBOCA NA ESTRADA DA CANOA.
Tenho minha experiência particular para
relatar sobre as pranchas São Conrado. Comecei surfando com um pranchão
Glaspac, da Surfboards Santo Amaro, adquirido no final dos anos 60 em São Paulo,
numa loja chamada Fiberglass Center, na Av. Santo Amaro. Minha segunda prancha
foi uma São Conrado, era a melhor opção nacional, mais renomada. Eu já havia
tocado em lindíssimas pranchas de amigos do Guarujá. Mergulhei em meu primeiro “ritual”
de encomenda de prancha. Em um final de semana de agosto de 1969 lá fomos para
o Rio de Janeiro de carro, meus pais e meus irmãos (Renato e Miriam) que nunca
viraram surfistas, ao contrário de muitas famílias em que todos aderiram.
Ficamos no Hotel Trocadero, em Copacabana, no sábado fomos até a casa do
Coronel Parreiras, que nos recebeu muito bem em sua varanda, mostrou a
fábrica... Trouxemos, em um papel vegetal com tinta nanquim, o desenho do
dragão estilizado que acabou gerando meu apelido no meio do surf. A prancha
acabou chegando em Sampa apenas no final de outubro. Fiz a estreia dela no
Feriado de Finados de 1970, já era uma mini model de sete pés.
UMA SÃO CONRADO ORIGINAL (A EVOLUÇÃO) AO LADO DE UMA PRANCHA DE MADEIRITE, NO MUSEU DE TELMO MORAES EM CABO FRIO. NO CHÃO... FRAGMENTOS DO NOVO PASSO NA EVOLUÇÃO DO EQUIPAMENTO DE SURF.
Falando em mini models, um próximo
momento crucial na história do surf brasileiro foi quando Penho Soares chegou
do Hawaii com a primeira “pranchinha” trazida ao Brasil, no final dos anos 60.
Penho foi um daqueles personagens de papel fundamental no desenvolvimento do
surf brasileiro. Com certeza inspirado por Peter Troy e Endless Summer, saiu do
Brasil atrás das ondas, foi parar no Hawaii e voltou com o próximo passo na “evolução”.
Toda essa situação será tratada em um capítulo mais adiante. Aqui ainda estamos
envoltos pela era dos pranchões nos anos 60.
A demanda por mais e mais pranchas foi
criando um mercado. Não havia surf shops no Brasil, muitos surfistas utilizavam
velas como parafina. Na segunda metade dos anos 60 o surf gradativamente foi
atingindo a primeira centena de adeptos e foi se alastrando pelo país. Os
surfistas do Rio de Janeiro, criados nas ondas do Arpoador, iriam deter a
hegemonia, em termos de qualidade de surf, por praticamente toda a década seguinte.
ESTE PROJETO ESTÁ ABERTO PARA TODAS AS
COLABORAÇÕES QUE SERÃO ARQUIVADAS E ORGANIZADAS ATÉ O LANÇAMENTO DO LIVRO
IMPRESSO EM 2018.
Bibliografia e Pesquisa utilizada para
este capítulo:
SURFE – DESLIZANDO SOBRE AS ONDAS
(1980), Carlos K. Lorch – Editora Guanabra Dois
A HISTÓRIA DO SURF NO BRASIL – 50 ANOS
DE AVENTURA (1989), Alex Gutenberg – Editora Azul
ARPOADOR SURF CLUB (2012), Tito
Rosemberg – Editora Gaia
Matérias das revistas BRASIL SURF,
TRIP, FLUIR, HARDCORE, SOUL SURF e TSJ BRASIL.
Artigos da internet dos sites Waves,
ASP South America, 360 Graus, VW e www.revistadehistoria.com.br.
Blogs: Lendas do Surf de Marcelo
Kaneca, Blog do Rico, Yso Amsler.
Depoimentos escritos, colhidos por
Wady Mansur de Arduíno Colassanti e Irencyr Beltrão e ainda E-mails e recortes
enviados por Armando Serra.
Entrevistas gravadas com Tito
Rosemberg, Rico de Souza e Otavio Pacheco.
ÁLBUM TITO - TOTEM
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