domingo, 5 de março de 2017

DO PASSADO AO PRESENTE

A história antiga e a escrita em tempo real
As postagens deste blog voam entre incríveis relatos do surf embrionário no Brasil para momentos marcantes que vivemos na atualidade: a fase mais heroica competitivamente do surf brasileiro. E 2017 começa bem.

JESSÉ MENDES DISPAROU NA PONTA DO RANKING DO WQS DA WSL, APÓS SUA VITÓRIA NO AUSTRALIAN OPEN OF SURFING, NA EMBLEMÁTICA PRAIA DE MANLY BEACH, PALCO DO PRIMEIRO MUNDIAL DE SURF, AINDA AMADOR, EM 1964 E VENCIDO PELO AUSTRALIANO MIDGET FARRELLY
IMAGEM RECORTADA DO SITE SURFING NSW

A “tempestade brasileira”, tomou força novamente neste início de 2017 e as expectativas parecem boas para o início do WCT a partir de 14 de março. O surfista do Guarujá, Jessé Mendes, com um segundo lugar em Newcastle e a vitória em Sydney toma uma liderança do ranking ainda mais forte que a do italiano Leonardo Fioravanti em 2016, que fez dois vices na Austrália. Jessé Mendes também acabou bem no final de 2016 e deverá ter a oportunidade de participar de algumas etapas do WCT durante a atual temporada.

PÓDIO, COM JESSÉ E JULIAN WILSON E TODAS AS NOTAS DA FINAL AO LADO
IMAGEM RECORTADA DA TRANSMISSÃO DO AUSTRALIAN OPEN

A bateria decisiva foi uma das mais empolgantes do evento. Com a prioridade e faltando menos de 10 minutos para o encerramento, Jessé liberou uma onda para o australiano (principal cabeça de chave do evento) e Julian não perdoou arrancando um 9,33 da pequena esquerda. Erro tático! Os campeonatos de surf são ancorados em diversos ingredientes, o mais óbvio é o talento natural dos atletas. O preparo físico, a estratégia, posicionamento no mar, escolha de ondas e a sorte (por vezes divina), entre outras peculiaridades, também compõem o resultado final, via de regra ditado por um julgamento correto.
Não muito tempo após a onda surfada por Julian, já com sua nota anunciada, veio a onda que Jessé queria. E ele não deixou por menos. Virou a bateria a seis minutos do final, deixando Wilson precisando de uma nota 8,81 e esta onda não veio. Sangue frio, tarimba, não tremeu na base na hora decisiva.

RECORTE DA TRANSMISSÃO AO VIVO DA ONDA VENCEDORA DE JESSÉ

 JESSÉ MENDES E PAULO KID TÊM UM RELACIONAMENTO DE LONGA DATA. KID JÁ FOI UM DOS GRANDES COMPETIRES BRASILEIROS, VENCEDOR DE ETAPA DA ABRASP E QUE DEPOIS DE ABANDONAR A CARREIRA DE ATLETA PASSOU A TREINAR DIVERSOS SURFISTAS PROMISSORES. IMAGEM RETIRADA DO SITE DA REVISTA SURFAR

OUTRO GRANDE TÉCNICO E EX-SURFISTA PROFISSIONAL É LENDARO DORA, PAI DE YAGO DORA. FOTO RETIRADA DO INSTAGRAM DE YAGO

Leandro Dora, em seus tempos de Abrasp, usava o nome “artístico” de Leandro Breda e surfava pelo Estado do Paraná. Da mesma forma que Paulo Kid, Leandro tem vários atletas sob sua orientação, como o campeão mundial júnior Lucas Silveira; o próprio filho Yago; foi instrumental na carreira do saudoso Ricardinho dos Santos; e estava presente, ao lado de Adriano de Souza, na ocasião de seu título mundial da WSL em 2015.
A experiência e vivência em baterias destes técnicos é um dos grandes trunfos que temos para o atual sucesso desta Brazilian Storm. Além do início de temporada fulminante por parte de Jessé Mendes ainda temos de destacar a vitória de Yago Dora em Newcastle e o vice-campeonato de Adriano de Souza em Pipeline.

PÓDIO DE NEWCASTLE 100% BRASILEIRO, COM JESSÉ (VICE) E YAGO (CAMPEÃO) EM PLENA AUSTRÁLIA. NAS FOTOS DE AÇÃO ABAIXO, YAGO E ALEJO MUNIZ VOANDO. REPRODUÇÃO DE WEB PAGE DA WSL

ADRIANO DE SOUZA RUMO A SUA TERCEIRA FINAL EM PIPELINE. FOTO RETIRADA DA COBERTURA DO VOLCOM PIPE PRO 2017 NO SITE WAVES

Adriano já tem um título do Billabong Pipe Master (em 2015) e duas finais do Volcom Pipe Pro – 4º em 2014 e 2º em 2017. Adriano e Gabriel (ao lado de Wiggolly Dantas e Ian Gouveia), são alguns dos surfistas brasileiros do primeiro escalão que investiram tempo e treino, muito treino, nas decisivas ondas de Pipeline. Dividendos estão sendo e serão colhidos.

Estamos na porta da temporada 2017, com grandes expectativas para o surf brasileiro. E muitos surfistas internacionais aptos para fazer frente.

A história recente e as origens do surf brasileiro estarão documentadas no livro A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO previsto para ser lançado no final deste ano. Finalmente o projeto cultural foi aprovado na Secretaria de Cultura. Acompanhem todos os desdobramentos e novidades neste blog.


Conheçam detalhes em: http://www.hsurfbr.com.br/

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