Ciclos vem como as ondas do mar
Marcas de grande poderio de
publicidade flertaram com o esporte surf desde o início do profissionalismo,
ainda nos anos 70. A vodka Smirnoff foi um dos grandes patrocinadores dos
eventos havaianos, mesmo antes da formação de um circuito mundial.
ANÚNCIO PUBLICADO EM UMA DAS ÚLTIMAS EDIÇÕES DA BRASIL
SURF
FINAL DE 1977
OTÁVIO PACHECO
TINHA O PATROCÍNIO DO GUARANÁ ANTARCTICA
O Brasil foi um dos países que trouxe
para o surf uma primeira onda de grandes patrocinadores para os atletas
profissionais. Otávio estava com a Antarctica; Daniel Friedmann tinha patrocínio
da Brahma; Cauli da Rádio Cidade; Pepê do Jornal do Brasil; Ian Robert fez
pranchas roxas com o logo dos perfumes Rastro; Bocão trazia a marca da Gledson
em suas pranchas. Chegamos a ter um time de profissionais patrocinados por
marcas exógenas ao surf, ANTES e de forma mais contundente, que australianos e
norte-americanos.
Hoje Gabriel Medina é patrocinado
pelo Guaraná Antarctica, além de outras marcas de “fora” do surf. A austríaca
Red Bull, paga bons salários e exige o boné nas entrevistas de diversos atletas.
A rede de hipermercados Target vai patrocinar a etapa decisiva do surf feminino em
Maui, Hawaii, mas nem sempre a equação de patrocínio no surf foi dessa forma.
NA SEGUNDA
FEIRA, APÓS A APURAÇÃO DO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES, A CAPA DO PORTAL MSN (MICROSOFT),
TRAZIA UM BANNER DA GILLETTE COM “NOSSO” MEDINA COMO GAROTO PROPAGANDA
Todo o processo de relação com os patrocinadores será tratado no livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, que está
programado para ser lançado em 2017.
Durante muitos anos o crescimento do
surf foi alicerçado pelas empresas de surfwear originais do mercado, que nasceram
dentro do esporte.
O MUNDIAL PRO
JUNIOR CRESCEU NA ASP COM O PATROCÍNIO DA BILLABONG
A PENÚLTIMA
EDIÇÃO FOI REALIZADA NA PRAIA DA JOAQUINA E TINHA O RESPALDO DA MARCA HD
A MARCA
INTERNACIONAL DE SEGUROS ALLIANZ LEVOU JOVENS SURFISTAS PORTUGUESES PARA
PRODUZIR UM ANÚNCIO EM MUNIQUE, SURFAR UM RIO DA REGIÃO E DESFILAR COM SUAS
PRANCHAS EM FRENTE À EMBLEMÁTICA
ALLIANZ ARENA.
Nenhuma marca de surfwear estava atrelada
ao patrocínio do ASP World Junior Championship de 2014.
Governos estaduais e municipais têm
marcado presença em diversos eventos. Um exemplo recente e marcante é a
percepção do governo português e de algumas prefeituras lusas, secretarias de
turismo, de formar esta impressionante perna do tour, com eventos Prime em
Açores (Sata Airlines) e Cascais (com a Billabong), o já tradicional WCT de
Peniche em conjunto com a Rip Curl, mas tendo o maior aporte da empresa de
telefonia Moche, culminando com o Pro Junior em Ericeira, que tinha o "naming rights" da seguradora Allianz. Foi criada até uma
premiação especial – Cascais Trophy – tipo uma Tríplice Coroa Portuguesa. Altos investimentos governamentais. No Brasil isto também vem ocorrendo.
O Guaraná Antarctica além de estar ao
lado de Gabriel Medina, na sua prancha, em seus fones de ouvido nas concentrações pré-bateria,
também está investindo forte no evento O’Neill SP Prime, que finaliza a perna
brasileira de 2014 na próxima semana.
Os aspectos em que o esporte se
respaldou para se transformar em um dos mais praticados no mundo, bem estruturado e também forte no
Brasil, será analisado com profundidade e sobre diversos prismas no livro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário