Conhecido como Ratão, deixou sua
marca no surf
Mais um grande personagem da história
do surf brasileiro nos deixa de forma trágica no Rio, ao ser atropelado quando
andava de bicicleta. Deixo aqui pequenos registros de sua jornada cheia de
folclore e ondas surfadas com arrojo.
ABERTURA DE MATÉRIA PUBLICADA NA REVISTA
HARDCORE DE MAIO DE 1994
O TEXTO ERA
ASSINADO POR FEDOCA, QUE PRODUZIU A FOTO DE ABERTURA
O perfil Hardcore Faces tomava 6
páginas da edição e trazia uma entrevista com Paulo Proença. Fedoca traz
algumas histórias e destaca na introdução do texto que, ao saberem que a
matéria ia ser publicada, muitos amigos disseram: “Não deixa ele contar aquela!...”
Antes de começar a surfar com
pranchas de madeirite e de fibra, ainda nos anos 60, Proença conta que ele e
seu irmão Zeca e também o irmão mais velho de Cauli, usavam pranchas de isopor com uma quilha feita com pedaços de
discos de vinil.
Tive a oportunidade de fazer um BOX (fundo amarelo abaixo) com episódios que caracterizavam bem sua personalidade. Isso foi escrito há 20
anos.
UMA DAS
PÁGINAS DA HARDCORE DE NÚMERO 57 – MAIO DE 1994
(CLIQUEM E
AMPLIEM QUE É POSSÍVEL LER)
Um dos maiores amigos e parceiros de
Paulo “Ratão” Proença, foi Otavio “Targão” Pacheco. Em entrevista que fiz com
Otavio (no ano passado para meu livro sobre a história do surf brasileiro) ele conta detalhes desta viagem na Kombi do amigo Xuxa, em que eles partiram do Brasil para a Califórnia, mas que
ao obterem a fórmula das parafinas WaxMate, no Peru, voltaram para o Brasil e
começaram a produção. Uma aventura vivida por “brothers” do surf.
OTAVIO PACHECO
COM POSTER DA FOTO FEITA POR FEDOCA NO INÍCIO DOS ANOS 90 E ASSINADO PELOS
AMIGOS DE PROENÇA (1954 \ 2014) NA CERIMÔNIA REALIZADA NO ARPOADOR
Paulo Gomes Proença foi protagonista também
de 2 capas das 19 edições da revista Brasil Surf. O mais curioso disso foi que
elas foram seguidas e ambas em Pipeline. Ratão foi um dos responsáveis para que
o apelido BRAZILIAN NUTS fosse criado pelos gringos. Éramos um pequeno grupo
que começava a invadir o North Shore e Paulo era um dos personagens mais
coloridos e fissurados por surf daquela turma. Chegou até a receber uma bermuda preta da Quiksilver dos originais Black Trunks havaianos, quando foi formado o clube Da Hui.
CAPAS DA
DÉCIMA E DA DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO DA BRASIL SURF
CAPTADAS NA
TEMPORADA HAVAIANA 76\77
AMBAS AS
IMAGENS SÃO DO LENDÁRIO FOTÓGRAFO LEROY GRANNIS
Umas das imagens mais icônicas de
Paulo Proença foi clicada por Fernando Mendonça Lima, o Fedoca, que além de ser
um dos fotógrafos que fez mais imagens da tribo do surf no início dos anos 70 e
principalmente daquela geração do Píer de Ipanema, era também um grande
surfista. Tenho arquivada uma bela entrevista com Fedoca e em breve estarei
colocando trechos dela aqui no BLOG e também no livro.
ESTA FOTO DE
PAULO PROENÇA EM IPANEMA É UM RETRATO ICONOGRÁFICO DO QUE ERA A
TRIBO DOS SURFISTAS NO INÍCIO DOS ANOS 70.
FOTO: FEDOCA
Ratão representava o espírito “underground”,
amarradão (stoked), dos surfistas que viviam em função das ondas, de bem com a
vida. Seu surf lapidado nas ondas do Píer e de Saquarema fez com que ele fosse
um dos mais atirados brasileiros no Hawaii. Deixa saudades e lembranças marcantes de suas atitudes e seu surf intrépido.
O livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF
BRASILEIRO”, está programado para ser lançado em 2015 e retratará muitas facetas
e personalidades do mundo do surf.
Conheça
detalhes, no site: http://www.hsurfbr.com.br/
Uma bela homenagem,assim estão indo nossos ídolos e inspiração do inicio do surf nordestino,sempre saia de João Pessoa para comprar e revista Brasil Surf,que só era vendida no Aroporto em Recife.Antes acompanhava o surf pela também extinta revista POP.
ResponderExcluirEu vi Paulo Proença pegando as melhores,e maiores ondas no pier,e no Arpex,ali no Arpoador acontecia o Waymea5000....O cara era uma fera.
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