Considerações sobre o
Billabong Pro
Teahupoo 2013
Todos os campeonatos
em Teahupoo, por mais tranquila que seja a previsão de swells, sempre trazem um
pacote de emoções. É muita perfeição, muita adrenalina. Esta etapa não foi das
mais felizes para nós brasileiros, mas as baterias não deixaram de ser
empolgantes.
Confira o clip dos melhores momentos do dia decisivo aqui:
MIGUEL PUPO EM UMA "MAROLA" PARA TEAHUPOO. PERFEIÇÃO ALÉM DA CONTA. MIGUEL E GABRIEL FORAM OS
MELHORES BRASILEIROS NO EVENTO, AMBOS FICARAM EM 13º
Vamos falar da
torcida pelos brasileiros. Não consigo me furtar a isso desde os tempos em que
comecei trabalhando como editor da Fluir (86 a 90), depois na Hardcore (90 a
2002) e finalmente em minhas colunas Sport Surf, na Alma Surf (até o ano
passado).
Agora, aqui em meu
blog particular. Sempre procurando trazer uma perspectiva histórica, devido ao
projeto do livro “A Grande História do Surf Brasileiro” que estou dando o
máximo para realizar da forma mais competente. Não deixarei de analisar o surf
contemporâneo, do qual sou grande admirador, seguidor analítico, torcedor empolgado.
VEJAM DETALHES DO
LIVRO AQUI NO SITE: www.hsurfbr.com.br
Vou me deter aqui,
justificando o título desta postagem, sobre as chances brasileiras de um título
mundial, o time de atletas que temos hoje empolga. Porém, analisando logo após
o Billabong Pro em Teahupoo, fica a sensação de que ainda temos alguns degraus
a galgar para desafiar campeões do naipe de Kelly, Parko, Mick e Andy, os quatro
mais recentes. Coincidentemente das três “nações” do surf que vem dominando o
cenário desde... Sempre.
O Brasil está lá, é
grande, é forte, Temos ainda no jogo a África do Sul, a Euroforce.
Adriano de Souza é nosso
surfista com maior tarimba para trazer este caneco, nos quatro últimos anos
ficou três vezes entre os cinco melhores do mundo, quinto em 2009, 2011 e 2012.
Por duas vezes Mineirinho assumiu a ponta do ranking, este ano e em 2011,
façanha que não foi conseguida por nenhum outro atleta brasileiro, NEVER. Está
faltando aquele ano INTEIRO consistente, para vir o título. Embora tenha ficado
mais difícil, ainda pode ser este ano.
TRABALHANDO
DURO HÁ DÉCADAS
Desde que sentimos o
potencial para desafiar os melhores do mundo, primeiro com as vitórias de Pepê
Lopes e Daniel Friedmann nos Waimea 5000, depois com a conquista de Fabinho em
Porto Rico (aí mais forte), passamos a sonhar com este elusivo título de melhor
surfista do mundo. Venho acompanhando isso como um membro da imprensa desde a
década de 80.
Selecionei três
editoriais que escrevi ao longo de minha carreira, apesar de ser um serviço
artesanal (coisa de blogueiro), clicando dá para ler.
ESTE FOI UM
EDITORIAL DA FLUIR N. 42 – ABRIL DE 89. PREOCUPADO EM ESTIMULAR NOSSOS
SURFISTAS A BUSCAREM A EVOLUÇÃO ESTÁVAMOS “COMEÇANDO” A RETOMADA.
NA HARDCORE DE
SET\2000 ESTÁVAMOS COM 10 ATLETAS NA ELITE. A CHAMADA DA CAPA FOI UMA IDEIA DE
RENAN ROCHA QUE VISITOU A REDAÇÃO. NUMA DUPLA INTERNA PETER SE RECOMPÕEM NA BASE
E FAZ O TUBO EM CLOUDBREAK. NO ANO SEGUINTE ELE SERIA O MELHOR BRASILEIRO NO
WCT – SÉTIMO, SUA MELHOR COLOCAÇÃO.
NO INÍCIO DE 2012,
EM MINHA COLUNA NA ALMA SURF, NÃO HAVIA COMO NÃO COMEMORAR O ANO GRANDIOSO DOS
BRASILEIROS (2011), A ENTRADA TRIUNFANTE DE GABRIEL MEDINA NA ELITE, TRÊS DÉCADAS
DE EVOLUÇÃO.
Voltando ao TÍTULO
A FAÍSCA: é um
início de ano forte para pensar em buscar este sonhado título.
O FOGO: é mostrar
para o que veio, incendiando o tour e assumindo a ponta do ranking.
O ILUMINADO: será o
surfista brasileiro que finalmente obtiver este troféu da ASP.
O TÍTULO: Não há
porque Adriano desistir do título de 2013, após o início fulminante e a vitória
emblemática em Bells. Com certeza com três resultados descartáveis na conta,
Mineirinho tem que mirar três finais em Trestles, na França e Portugal, para
chegar em Pipeline com chances concretas.
MUITO DIFÍCIL: mas
como dizem “o brasileiro não desiste nunca”, não há porque jogar a toalha. E se
não der nesta temporada... A próxima está ali na frente. Adriano (Medina,
Miguel, Alejo, Filipinho, Ibelli) é (são) jovem. Jovens, atrás do sonho!
Vejamos o exemplo de
Parko, que persistiu e aos 31 anos encontrou a glória máxima de sua carreira. E
o melhor, decidindo o título no “mano a mano” com Slater, na arena de Pipeline.
Esse é um título honroso.
Tudo é possível.
VAMOS ACREDITAR,
continuarei escrevendo com paixão sobre isso.
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