Presentes desde o início
O surf feminino brasileiro sempre marcou
presença em nossas águas e também internacionalmente. Quando os primeiros “garotos”,
Juá, Thomas e Osmar Gonçalves se arriscaram nas ondas de Santos... Lá estava
Margot Rittscher, irmã de Thomas, isso ainda nos anos 30.
REPRODUÇÃO EXTRAÍDA DO SITE DA REVISTA TPM. MARGOT FOI
ENTREVISTADA PELA REVISTA TRIP PARA MULHER, POUCO ANTES DE FALECER NO INÍCIO
DOS ANOS 2000. EM 1938 ELA FOI A PRIMEIRA MENINA A LIDAR COM AQUELAS PRANCHAS,
MODELOS DE TOM BLAKE.
Um segundo foco de surf surgiu no Rio
de Janeiro a partir do final dos anos 50 e garotas como Fernanda Guerra, Maria
Helena Beltrão, Eliana e outras jovens mulheres se aventuraram nas ondas do
Rio.
FERNANDA GUERRA COM UMA PRANCHA DE MADEIRITE NO INÍCIO DOS
ANOS 60. ANTES DAS REVISTAS DE SURF, AS PRIMEIRAS IMAGENS DO ESPORTE SAIAM EM
JORNAIS E REVISTAS COMO FATOS & FOTOS, O CRUZEIRO, MANCHETE...
Ainda nos anos 60, no Estado de São
Paulo, foram organizados campeonatos de surf. Em frente ao Clube da Orla, na
praia de Pitangueiras, algumas meninas já marcavam presença, os destaques femininos foram Renata Polisaitis, que venceu o evento em 1968 (única a se apresentar em 1967) e as gêmeas Christine e Renata Muller.
GESSY FALKENBURG, COM UMA PRANCHA GLASPAC MK2, DURANTE UM DOS
EVENTOS REALIZADOS EM PITANGUEIRAS NOS ANOS DE 1967 E 1968
IMAGEM DE POIO ESTAVSKI, EXTRAIDA DO BLOG DE BRUNO ALVES
O Rio Grande do Sul foi um dos
principais focos de mulheres surfistas no Brasil. Ainda nos anos 60 as meninas
das famílias gaúchas já brincavam com as pranchas de seus irmãos, mas a
notoriedade competitiva veio nos anos 80, com duas garotas, Tanira Damasceno e
Roberta Borges, que sempre estavam nos pódios dos grandes campeonatos de surf
que começavam a ser realizados no Brasil e passaram a incluir a categoria
feminina.
ROBERTA E TANIRA, A SEGUNDA E A QUARTA GAROTAS, NA FOTO ACIMA,
EM FINAL DO CIRCUITO RENNER NO RIO GRANDE DO SUL
ABAIXO, ROBERTA BORGES SURFANDO EM ITAMAMBUCA, UBATUBA
IMAGEM RECORTADA DO SITE SURFARI.COM.BR
O surf feminino foi ganhando
presença, mas apenas em 1997 a categoria começou a fazer parte do Circuito
Abrasp, com a vitória de Deborah Farah. Uma nova geração de meninas começou a
competir no Brasil e pelo mundo afora.
ANDREA LOPES, TETRACAMPEÃ BRASILEIRA DE SURF, FOI A PRIMEIRA
DE NOSSAS MENINAS A VENCER UMA ETAPA DO CIRCUITO MUNDIAL DE SURF, NA BARRA DA
TIJUCA EM 1999
IMAGEM EXTRAÍDA DO SITE ESPECIALIZADO EM SURF FEMININO
EHLAS.COM.BR
No circuito mundial começamos a ter
uma presença cada vez mais forte, uma das maiores vencedoras foi a cearense
Tita Tavares.
TITA TAVARES FOI CAPA DA REVISTA FLUIR EM 1998 - OBTEVE GRANDES RESULTADOS.
Mas foi Jaqueline Silva que chegou mais perto de um título.
TITA TAVARES FOI CAPA DA REVISTA FLUIR EM 1998 - OBTEVE GRANDES RESULTADOS.
IMAGEM RETIRADA DE MATÉRIA DA REVISTA HARDCORE DE 15 ANOS, EM
ABRIL DE 2004. JAQUELINE SILVA FOI VICE CAMPEÃ MUNDIAL DA ASP EM 2002
As meninas do Brasil também se atiram
em ondas gigantes, atletas preparadas como Andrea Moller e Silvia Nabuco surfam as ondas de
Jaws, mas em termos de ondas grandes a mais famosa surfista brasileira é Maya
Gabeira, vencedora por 5 vezes do prêmio XXL da Billabong, por ter a melhor
performance feminina em ondas grandes.
MAYA GABEIRA SURFANDO AS PERIGOSAS ONDAS DE NAZARÉ EM PORTUGAL
Nosso surf competitivo feminino
sempre teve altos e baixos, safras boas e momentos de restruturação e troca da
guarda. Na temporada de 2014 não temos nenhuma menina entre as 17 que
participam do WCT feminino, mas para 2015 teremos o regresso da cearense Silvana
Lima para a elite.
SILVANA LIMA ACABOU DE CONFIRMAR SUA PRESENÇA NA PRÓXIMA
TEMPORADA DO CIRCUITO MUNDIAL DE SURF, COM PERFORMANCES MUITO CONSISTENTES NO
WQS ELA RETORNA AO PRIMEIRO ESCALÃO PARA DESAFIAR UMA CONSTELAÇÃO DE JOVENS
TALENTOS MUNDIAIS
IMAGEM EXTRAÍDA DE REPORTAGEM DE JOÃO CARVALHO PARA O SITE DA ASP SOUTH AMERICA
O surf feminino também estará
presente no livro “A GRANDE HISTÓRIA DO SURF BRASILEIRO”, previsto para ser
lançado em 2019.
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